Catedral Matriz de Guarapuava


Paróquia Divino Espirito Santo de Pinhão

02-08-2010 16:48

 Uma História de Fé

 

 

No dia 08 de dezembro de 1771, dia da Imaculada Conceição, foi rezada a 1ª missa nos campos de Guarapuava. Logo após veio a expedição Real tomar posse dos ditos campos dos quais, Pinhão fazia parte, introduzindo assim o Catolicismo nesta região. Nas fazendas, cada dono tinha a devoção por um santo protetor, onde era feito uma capela particular, com mais ou menos três ou quatro metros quadrados e os sacerdotes vinham fazer visitas uma vez por ano. Os batizados e casamentos eram coletivos, sendo que as crianças eram batizadas em casa e depois era feita a cerimônia "complementar" com a chegada do padre.

 

A primeira capela, onde o povo começou a se reunir para rezar fora das fazendas, foi em Santana, por volta de1810. A imagem da santa foi trazida de Portugal e está conservada ainda hoje, naquela localidade.

 

Em 1882, foi erguida no Passo da Reserva a primeira Capela com a devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

 

O início da construção da primeira Igreja na "Vila Nova" foi em 1923, sendo o terreno doado por João Ferreira da Silva, (legalizado posteriormente pelo senhor Amazonas). Era uma tosca e rústica igrejinha de madeira lascada com uma cruz sobre sua coberta, também de tabuinha de pinheiro lascado. Essa igreja situava-se onde hoje é o Salão de Festas da Paróquia com sua frente voltada para a rua hoje denominada Frei Corbiniano Koesler.

 

Em 1936 essa igrejinha foi demolida e deu-se início a uma maior, construída pelo carpinteiro Eugênio Bartle, que trabalhou serrando a madeira (imbuia) durante três anos. A construção foi se tornando possível, graças às doações dos senhores Francisco Dellê e João Ferreira da Silva, e outras doações do povo, conforme a possibilidade de cada um. Havia também um cofrinho de madeira no armazém do seu "Chico Dellê" para quem quisesse colaborar com uma oferta espontânea para a construção.

 

 

 

 

 

 

Somente no ano de 1926 esta capela do Divino Espírito Santo foi dada como utilizável, pois poucas coisas faltavam para serem concluídas. Nova campanha de arrecadação foi feita, agora para adquirir uma Imagem do Divino, que foi abençoada e entronizada por Dom Antônio Mazarotto, bispo da Diocese de Ponta Grossa.

 

O atendimento religioso era feito pelos padres Paulo Tschorn e Guilherme Maria Heyer, da paróquia Nossa Senhora de Belém de Guarapuava, que vinham a cavalo, duas vezes ao ano, entrando em Pinhão pelas Águas de Santa Clara, passando depois pelo Sobrado e de lá vinham à Limeira. Aqui  em Vila Nova  de Pinhão passavam dois dias, pois era grande o número de batizados, primeiras Eucaristias e casamentos realizados. Padre Guilherme aqui fundou a Pia União das Filhas de Maria, e a Irmandade São Vicente de Paula (Vicentinos) que existiram até 1956. É importante lembrar que nesta igrejinha funcionou, de 1938 até 1944, a primeira escola da vila, atendida por apenas uma professora que dava aulas de primeiro a quarto ano, com todos os alunos na mesma sala.

 

No dia 30/04/1949 chegou a Guarapuava o Reverendo Padre Frei Corbiniano Koesler (Ordem dos Frades Menores), destinado pelos seus superiores para se dirigir à Vila Nova de Pinhão, a fim de criar as condições para uma futura paróquia. O referido padre chegou aqui no dia 29/05/1949 e foi recepcionado pela comunidade na entrada da povoação onde hoje está situada a casa do senhor José Barbosa, sendo saudado por uma Filha de Maria - Arina Dellê, celebrando em seguida a primeira missa.

 

        Em 20/01/1951, Dom Antonio Mazarotto, bispo de Ponta Grossa, decretou que a capela de Vila Nova passasse a ser Paróquia Divino Espírito Santo. O decreto da criação foi lido publicamente em uma missa no dia 15 de Fevereiro do mesmo ano.

 

Frei Corbiniano organizou as festas: o churrasco, café, bolos e outros passaram a ser vendidos, implantou jogos e divertimentos como pescaria, roda da sorte, cavalinhos, coelhinhos, correio elegante, cadeia e outros.

 

Em 04/12/1957, chegou o novo vigário Frei Edésio Schelbauer para ajudar, sendo que ele iria para o interior e Frei Corbiniano ficava na sede. Em 22/03/1959, Frei Corbiniano deixou Pinhão por ordem de seus superiores, deixando sozinho o Frei Edésio.

 

        Em 1961, Dom Geraldo Pelanda, bispo auxiliar de Dom Antônio, realizou visita pastoral.

 

        Em 1963, sob a orientação do Frei Edésio, foram feitas melhorias na igreja e construído um barracão de festas.

 

        - Em 1964, houve um acontecimento político de grande importância - a emancipação de Vila Nova que se tornou município de Pinhão.

 

-Em 05/02/1965 chegou Frei Nicolau Wiggers, que foi nomeado como Vigário, introduzindo a missa todos os domingos e, no 1º Domingo de agosto do mesmo ano, rezou a 1º missa em português, mudança esta que aumentou a freqüência das pessoas. Além de zeloso pastor, Frei Nicolau fazia roças, engordava porcos e ensinava os meninos a trabalhar a terra.

Em junho de 1966, Guarapuava passou a ser diocese, desmembrando-se de Ponta Grossa e a paróquia de Pinhão, naturalmente acompanhou a passagem.

 

 

No mesmo ano, realizou-se missões e foi um sucesso, pois nas capelas foi introduzida as missas em português.

 

Aos 10/02/1968 quem assume como Vigário é o Frei Francisco de Assis Marcondes.

 

Com sua humildade e facilidade em conquistar simpatias e amizades, sua simplicidade e espírito Franciscano, Frei Francisco deixou entre nós muitas saudades.

 

Em abril de 1969, Dom Frederico realizou visita pastoral.

 

        Com a saída de Frei Edésio chegou, no dia 18/01/1970, Frei Gilberto Hillebrand para ser o novo vigário e Frei Francisco permaneceu como coadjutor, pois o acúmulo de serviço era grande e havia mais de 70 capelas para serem atendidas no interior. Frei Gilberto veio com a missão de construir, com projetos de grande envergadura para o Pinhão da época. Isso lhe custou muitos dissabores, pois o chamaram de louco, por sonhar com coisas impossíveis. Aos 20/05/1973, na festa do Padroeiro, foi dada a bênção e inaugurado o Centro Catequético, onde eram celebradas as missas e onde, no mesmo ano, foram pregadas as missões por padres capuchinhos.

Logo em seguida, deu início à construção da Casa Paroquial com recursos captados na Alemanha, entre seus parentes. Ao mesmo tempo, em 02/04/1974 deu-se o lançamento da pedra fundamental da igreja matriz, pelo bispo Dom Frederico Helmel, depois de uma missa campal rezada por ele. A comunidade pinhãoense também muito colaborou, pois viam que Frei Gilberto, além de bom evangelizador, cumpria a missão de construir o conjunto paroquial.

 

 

 

Com a construção da Usina de Foz do Areia, houve um grande salto populacional, e a administração da Copel pediu um padre. Em 07/03/77 chegou para ajudar em nossa paróquia Frei Ladislau (Frei Lalau, como era conhecido); em 1981 Frei Francisco de A. Marcondes foi transferido e, na mesma data chegou seu substituto Frei Domingos Hellmem.

 

Em 1982, Dom Frederico Helmel realizou visita pastoral e nessa visita benzeu e inaugurou oficialmente a nova matriz (30/05/1982).

 

Em 08/01/1984, Dom Frederico deu posse ao novo vigário Frei Nelson Bemardes Martins, que foi o primeiro com o título de Pároco, muito dinâmico, é um dos fundadores da APAE de Pinhão, cedendo algumas salas no Centro Catequético para que essa instituição provisoriamente iniciasse seu trabalho. Em 1985, a seu pedido, chegaram 3 irmãs religiosas, da Congregação Servas de Maria para ajudar nos trabalhos pastorais.

 

Transferido Frei Nelson, em seu lugar tomou posse Frei Joel Lorenzetti que já havia passado pelo Pinhão pregando missões, veio também Frei Antonio Pelissa que ficou pouco tempo.

 

 

Frei Joel construiu o salão de festas mais tarde ampliado, e assim a província Franciscana encerrou seu trabalho em Pinhão entregando a Paróquia para Dom Albano Cavallin, bispo de Guarapuava, aos 30/01/1991.

 

O primeiro pároco do clero diocesano foi Padre Edson Dupski, que teve como vigários auxiliares Padre Afonso Maria das Chagas, Padre Reonaldo Pereira da Cruz e Padre José Luiz Padilha que, em 1994, foi nomeado por Padre Cassiano como Administrador Paroquial.

 

Aos 23/06/1995, assume como Pároco o Padre Antonio Potulski que teve como vigários auxiliares os Padres José Amarildo Novacoski, Padre José dos Santos Rodrigues e Padre Jair dos Santos Arruda.

 

Aos 12 de Julho de 1998, assume como pároco o Padre Ari Marcos Bona que teve como vigários auxiliares Padre José dos Santos Rodrigues e Padre Jair Arruda que, com a criação da Paróquia de Reserva do Iguaçu em 13/12/1999, passa para lá, vindo em seu lugar o Diácono José Reginaldo, que saiu pouco tempo depois. Padre José Rodrigues saiu em 03/11/1999, ficando em seu lugar o Padre Mauri da Cruz Correa que saiu aos 21/05/2000, sendo substituído pelo Padre Claudemir da Silveira Didek.

 

Padre Ari Marcos reformulou o COPAE e o CPC, com reuniões mensais, realizou reformas e modificações na igreja Matriz, reformulou e ampliou a Casa Paroquial, Centro Catequético e salão de festas, estendendo também a Festa do padroeiro, para a rua, devido ao grande número de pessoas. Implantou, em 1998 a festa de Nossa Senhora Aparecida, com a tropeada conduzindo a imagem desde o Santuário da Reserva até Pinhão. No ano de 2000, como gesto concreto da Campanha da Fraternidade, foi criado o CEPROHUM (Centro De Promoção Humana). Preparou, juntamente com Padre Claudemir, o COPAE, o CPC e muitas pessoas de boa vontade, as celebrações e comemorações do Jubileu de Ouro da paróquia, com a primeira visita do padroeiro a todas as comunidades e também pela primeira vez a celebração da novena "unificada" com o mesmo manual e ao mesmo tempo em todas as comunidades.

Foi realizado também um levantamento histórico dos fatos, objetos e fotos, buscando resgatar esta riquíssima história, organizados em uma exposição, originando assim um pequeno acervo paroquial para a posteridade.

 

Como "presente dos 50 anos", foi inaugurada no dia da festa do Jubileu, a Capela do Santíssimo, há muito desejada pelos fiéis que podem, a qualquer hora do dia, fazer suas orações.

 

 

—————

Voltar